quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Had I danced

Broken glass of empty blame
Cuts the skin of love,
A sun that blinds and rises above
Lights the shades of glowing shame.

I danced around you like dancing with my god
The empty ball room in silent secrecy
You kissed my soul and ran away
There was no love, just pure mystery.

Blown upon the winds I finally felt free
Had I danced with you one more time
And this ballad would have kissed me to eternity.
Our bodies together
I bathed on the smell of your skin
Unforgettable pleasures
That follow me from dream to dream.

Had I danced with you one more time
And I would have fallen into the depths of happiness
Had I learnt the riddles of your love
And I would still be dancing with my goddess.

quarta-feira, novembro 23, 2011

História

Não sei por onde começar, nunca soube. O sinal de que se chegou ao fim. O mundo correu-me numa parafernália insolente de almas sem sentido e deus dormia quando eu nasci. Jazo em paz e os corvos devoram as minhas entranhas enquanto os aconchego a mim. 3 décadas dizem muito ou nada, apenas decadência. Pedi a minha rendição há já muito tempo, foi-me negada e continuei a viver mil vidas arrastando-me sem aparente direcção. As portas abrem-se, eu limito-me a entrar e vejo que não faço sentido. Tento voar e não consigo. Apago o cigarro no meu peito e as cinzas que piso são as que me saem das feridas. Não tenho dor, deixei de sentir, aquela visão de prazer não o é mais. Não me causa desconforto e não tem importância tirando o sangue que corre e as noites em negro, nada é branco e puro. Coisas assim não sabem igual.
Não há limites para momentos baixo e enterrar-me-ei se necessário. Afogo-me em etanol e a minha vida ganha outro sentido. Tudo parece mais puro e genuíno então. Ajoelho-me para pedir clemência e num gesto sou decapitado. Indolor e incapaz perco-me nos diálogos comigo próprio e aborreço-me até à morte que teima em não me vir buscar.
Testemunho as lágrimas derramadas de guerras que decidi lutar. Percebi, tarde de mais, que ao ser exigente com os outros estava apenas a exigir demasiado de mim. Dediquei-me a causas em queda e lentamente caí no fundo do meu inconsciente. Acordo com o frio da neve na minha casa, as carícias dos corvos que abrem o meu abdómen com os seus bicos afiados. As pessoas que amei fogem por entre as escaras que elas próprias mastigaram na minha carne, juntas formam uma banda que orquestram os sons da minha agonia. A batuta na minha mão, feita da minha pele e osso marca o ritmo, estou prostrado e sem força. Finalmente salvo. A plateia aplaude , a morte em pé. Bravo. A música pára. Ondulo por entre as mãos de quem me trouxe ao mundo e finalmente sinto paz. Adormeço frágil como um feto que não escolheu viver nem morrer. É essa a minha história até hoje.

sábado, agosto 13, 2011

Nothing is what it seems...

There's a place abandoned
and empty in my hearth
It's been used and torn
ready to fall apart

For I have loved a thousand ways
that don't come in any book
Feelings and expressions
that life violently took

I'm an expert now
on thousands way to hate
I do believe that love
chose a different path
and is no longer in my faith

What if I love?
What if i hate?
What is the point
with only my soul at stake?

I sing, I dance and I sleep
Together the deceit
But when I found you
I felt a warmth
my heart always seeked

I'm mesmerized by
the way you simply speak
Your soft and gentle voice
put a hearth where once
there was nothing but a brick

Im made of stone
no blood or bone
A rock, kicked in the way
that you picked, touched
and blown the dust away

Can you nurture and seek the beauty in it?
In a moment that will last more than a mere herth beat?

You see,
I'm just another rough stone
you found in your way
That spent it's time
kicked around,
waiting,
in fine and pure decay

Your kiss as seed
this rock will love and bleed
'Cause now it knows it's true
There is no greater love
than being in love with you

terça-feira, abril 12, 2011

Seasons of my hearth...

I’ll wait the storm to go away
I’ll sit, stop and pray
I’ll follow my heart
I’ll tear it apart
And serve it to you in a tray.
I’ll follow the uncertain way
I’ll fall, stop and stay
I’ll discover new ways to feel
From your heart made of steel
That was mine for a day

I’d be the lonely rose
In your garden of pure good bye
A flower that lives through love
Unaware it’s time to die
I’ve grown it in my chest
Protected it from hate and cry
This love, my only quest
This pain, It makes me wonder why.

The storm engraved in our faith
Made the petals fall and feel your skin
Its spring but they didn’t wait
‘Cause your beauty always win.
And we shall not wait for the season
The time has come to touch your face
Nature will have to forgive this treason
As you will forgive us for my embrace.

The autumn of our love has came
But the petals are here with me
I kiss them with no shame
‘cause this is how love should be.
But winter will try and play his trick
It will send its wind to blow them free
So, I will keep the petals in my heart
As there is where they are and forever they would be.

domingo, março 20, 2011

Porque hoje é o dia mundial da poesia...

Poesia,
Forma de expressão e luta
Amada e censurada de forma abrupta
Conjunto de palavras, sentimentos e emoções
Que tanto une como separa os corações.
Muito se escreveu sobre lutadores e revolucionários
Ditatores, mercenários
Na memória fica a poesia, mais que os obituários.
Vivemos num planeta em que a poesia é história
De conquistas e derrotas, de tristeza e glória.
Por isso...
Escreve o poeta, escreve assim sem pressa
Com cuidado e delicadeza para que ninguém esqueça
Os seus ódios, o seu amor
O que lhe dá prazer, o que lhe causa dor.
Todos temos uma poesia,
Um conjunto de palavras que a simples contemplação
Provoca-nos prazer e alegria
Para conheceres a tua poesia, ouve o poeta, escuta o teu coração...

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Title?? Hmmm...

I was blurred by your beauty
And fell for your trick.
Your words stabbed me in my chest,
invaded my flesh so deep.
You bathed in my blood
and showered in my tears
with a laugh that was everything but discrete.
You told me your story
where we would find glory
And I followed your deceit.
I've had you in my hearth in
a castle that would never fall apart
But it had its last beat.

Why did I kneeled at your feet?
and said, Here is my soul its yours to keep?

I find myself now...
A captain with no fleet.
A sailor in retreat.

I have you in every pain
Every illness that I gain
I tattoed you in my skin
And memorized the places that we've been,
and all of that
To realize I was weak
and that our love...
Was nothing but a cheat.

Mártires...

Abro-me de forma incompreensível para ser compreendido.
Gasto palavras em vão apenas para ver que as perco na minha solidão.
O frenesim dos meus pensamentos é assim, como um restolhar de penas.
Quanto mais me question mais me encontro perdido.
Senhor de razões e um saber descabido,
do qual nada descubro, nada retiro
Nem a mais leve sensação. Só sei que penso em vão.
Estou vazio, e tu abraças minha carne inconsciente do perigo,
Um corpo absorto como se nunca o tivesse tido.
Despejado de alma, apenas morte e escuro aqui estão.
Abandonado, há muito que deslizaste por minha mão.
Procuro agora um sentido no duplo significado da palavra,
um objectivo mas uma direcção na qual sigo,
porque sentir-me a mim foi um castigo.
Esboço um sorriso não de felicidade mas, porque mais uma vez,
nunca aprendi a lição.
Torturo-me sem piedade,
castigo-te sem razão.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Morbid Love

I live from words and dreams
I live a live a life where nothing is like it seems.
Distorted signs of love keep me going in secrecy
I’m fulfilled with apathy
And my life a lovely misery.
Death dances me cheek to cheek
Cuddles me before the final hit.
Breathe my life out in a single flow
Whispers “I’ll take you, nice and slow,
I’ll have your misery, I told you so!”
Enchanted, my soul will shine
Worship me and I will clean your grime.
Dead and forgotten, my corpse is rotten.
My corpse is my mask, and in death I will know my past.
I achieve my ultimate wisdom, finally I know what is freedom.
Tell me what it takes to love you,
Take my life, and I will love you too.

sexta-feira, março 13, 2009

Hum......

A neve chegou
E com esta intempérie
O mundo parou

A beleza do branco,
Quem diria,
Me custaria tanto

Numa noite vivo uma vida,
E com um beijo ardente
A minha alma ferida

Neve que me marcou,
Desde esse dia
A minha pele queimou

Vivi no quente,
Pois apesar da neve
Só não aquece quem não sente

Assim aquecemos,
No branco da neve
Os dois nos perdemos

Como a neve que derreteu,
A natureza testemunhou,
O dia que fui teu

Agora que o céu limpou
Sei que não voltarás.
Desde esse dia nunca mais nevou.
A neve te trouxe
A neve te levou.

quinta-feira, março 12, 2009

Fome

Nas figuras que me atacam sem pudor

Deposito sem clemência

O objecto do meu amor.


Não tenho consciência,

E sou um mero actor,

Conformado a uma vida de penitência.


Vazio, transbordo de emoção.

Consumo sem saciar,

A minha fome de paixão.


Que virão em mim procurar?

Mutilar-me e expropriar-me de cognição?

Assim me deixam cansado e incapaz de pensar.


Mórbida visita que me deixa sem reacção.

Não há vida sem morte, nem ódio sem paixão.

Sou uma marioneta nas mãos do senhor

Repõe a emoção mas consome-me o amor.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Deus e Nós

Dado o panorama mundial contemporâneo frequentemente dou por mim a pensar (olha aí as piadas parvas). Em quê? Ufff... Ultimamente estas minhas introspecções dirigem-se a mim e Deus. Sou uma pessoa muito religiosa, mas ainda não consegui descobrir a que deus devo a minha devoção. Penso que a mim próprio.

Há tempos falava com a minha irmã e ela disse-me do alto da sua sapiência que nós fomos criados entre extremos e que neles encontrámos o equilíbrio perfeito. A balança equilibrou-se com dificuldade, balanceando entre o provável desastre de um lado e a tragédia do outro. Sempre que penso nisso pergunto-me como foi possível. Mas que tem isto a ver com deus se a minha família não é muito religiosa? Nessas conversas partilhadas com ela, debruçámo-nos sobre o assunto de ambos dedicarmos as nossas vidas às vidas de outras pessoas. Pessoas a quem a sorte foi madrasta e\ou a quem a balança não se conseguiu equilibrar. A sorte, a balança ou deus, seja lá ele quem for. Mas se de facto existe um deus, porque é que não tomou para si a responsabilidade de cuidar destas pessoas a partir do momento em que as pôs na terra? Escreveu-lhes um destino macabro. Mas a questão aqui é que para corrigir os seus erros deu vida, igualmente, a pessoas que vão tomar a responsabilidade de reescrever o destino de quem necessite. É isso que nós fazemos, procuramos dar razões para sorrir a esta gente que poucas razões tem para o fazer. Isto é ser humano. Talvez seja por isto que a minha irmã e eu não sendo católicos, respeitamos e seguimos mais os mandamentos, que a bíblia dita, que muito bom cristão. Porque a vida assim o requer. Quero eu dizer que não acredito no clero nem no catolicismo, mas acredito em deus. Naquele que vive em mim e no que, mesmo sendo diferente, vive em ti. Se acreditas nele então existe, seja ele qual for, independentemente da sua forma e virtudes. Vive e respeita-lo. Respeita quem te ama, ama quem te respeita. E sê o teu Deus!

Não sei como me expressar correctamente em relação a isto, e este texto provavelmente poderá ter pouca coerência. É apenas o expressar de algo que me intriga e que raramente discuto.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

British Winds

What to do when I miss you much?
I can't live without your touch...
Will I cry?
What to do?
My heart will die,
Without you.

I'll be long for quite a while.
How would I live without your smile?...
Will you miss me?
I need to know...
Without your love
I'm empty shell with nowhere to go.

If the wind starts to blow far, far away
It blows a kiss from me to you.
And in its whisper let me say
"Hold my hand I love you too!"

Oh não, lá vem o merdas outra vez...

Dada a minha nova situação profissional, que me trouxe para terras longínquas, é com alguma relutância que retomo as "postações" nas palavras de amor e ódio. Seguramente corro o risco de estar a cometer um erro, visto que esta nova minha fase, pode ser (estupidamente) diferente da anterior. Tenho a certeza de que o é...
Ora bem, desta forma é com muito gosto que me preparo para postar um texto que elaborei aqui mesmo junto a sua majestade que é, à semelhança dos antigos, apaneleirado. Assim, vocês, que não têm pena nenhuma dos vossos neurónios ao ler o que por aqui deixo, não sentirão muita diferença.
Este texto, em jeito de poema abichanado, foi regurgitado (ah que analogia perfeita) pela minha mente a meio de uma formação e é suposto representar a minha saudade relativamente à vossas pessoas.
Mas não se iludam! Pois bem no íntimo do meu ser quero é que vocês se vão fo£#»! (E vocês a pensar: "Deus te ouça, seu Mouro disfarçado de bife!"

Sejam novamente bem-vindos!

Ricardo Mouro

terça-feira, junho 10, 2008

O último suspiro: Derradeiras 4 gotas e Até sempre.

Perante o aparente esgotar da minha fonte, vi-me, injustamente, encurralado por uma série de episódios que senti que não teria provocado. A minha reflexão levou-me a que, com isto, escrevesse as últimas linhas desta página, virando a folha, começando um novo e límpido episódio.

O ódio peculiar que nutro por injustiças agravou o meu sentido crítico, capacitando-o a percorrer um caminho evolutivo em que o pensamento interior extrapolou para uma nova dimensão. Temo que esta fase não se coadune com os padrões ambientais à minha disposição.

O tempo aperta-me cada vez mais e o tic-tac do relógio pica-me de fora desta jaula que me comprime. O acordar desta hibernação foi violentamente subtil e só depois do sangue correr senti o seu sabor agridoce que me cegou definitivamente. Bendita cegueira que me afastou destas ilusões que, inevitavelmente, dançariam na minha cabeça que surgiria logo acima da areia movediça.

Neste último suspiro denotei que tudo nos custa muito mais a adquirir e a manter, do que o proveito que realmente poderemos retirar. A vida inflacionou-se e isto deve-se à nossa própria acção. Somos todos barões capitalistas da vida por culpa própria. O sôfrego correr atrás de sonhos leva ao consumo inútil de todos os nossos recursos, pessoais e humanos, na esperança de obter um lucro compensador e que raramente nos é proporcionado. Entramos assim na miséria, esquecendo-nos que fomos nós que nos sugámos inconscientemente.

Encontro-me, desta forma, vazio. Todas as homenagens aqui prestadas foram, no entanto, verdadeiras e sentidas. Se foram, alguma vez, mal entendidas isso parte de cada um de nós, pois nem nós, verdadeiramente, nos entendemos. Eu senti-as e exprimi-as. Não querendo, ainda assim, tocar ninguém porque era a mim que elas tocavam. E se ainda tocam, tocam delicadamente enquanto me embalam os sonhos em que me abstraio do real, buscando o seu “safe heaven” finalmente.
Não há assim outra alternativa senão calarem-se as palavras de amor e ódio. Ficam as homenagens, mais que sinceras a quem de direito. E o agradecimento a tudo o que me inspirou…

Ricardo Mouro

segunda-feira, março 31, 2008

Bate

Bate meu coração.
Bate sem saber porquê
Como o malmequer "talvez sim, talvez não",
Que será que ele vê?

Bate tão loucamente
Atrás dessa ilusão,
que chega a ser demente
esta embaraçosa situação.

Tu que o tens na mão,
Quando o vires abrandar
peço-te, diz-lhe que não,
e beija-o para não parar.

Antes só...

Já me saltam as palavras do pensamento.
A teu olhar fúteis
mas, para mim deveras úteis
Para exprimir a dor que sinto dentro.

Neste quarto vazio estou bem acompanhado.
Fúria, desespero, ódio e solidão
escrevem comigo, usando minha mão,
As linhas do meu pecado.

Subo o labiríntico e íngreme destino.
Cegado pela luz da felicidade
o grito do amor, na verdade,
É desejo de teu sabor divino.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Sem rótulo

Tenho tido pouco tempo para dedicar a esta porcaria de blog onde publico as minhas demências. Mas aqui à dias, o meu caro Pazolo (aka Bóina Rota) passou-me uma colectânea musical num estilo do qual sou fã. Houve uma que captou a minha atenção logo a primeira vez que a ouvi. Pelo ritmo mas muito mais pela sua letra. Acho que me identifico completamento com o que a vocalista grita com tanto ânimo. A banda é os "The Expelled" e a música chama-se Government policy. Car4l£0§ me forniquem se não é mesmo assim que eu me sinto! Esta música é minha e devia ter sido eu a escrevê-la! Isto é ser punk, é ser inconformado com a merda de vida que nos é proporcionada. É achar que "geração rasca" é a mãezinha do senhor ministro! Hardcore é seres tu, não aceitares rótulos! É arrotares o mais alto possível quando a betinha à tua frente faz aquela cara de enjoada e te chama nojento! Pois sou! E tu não eras já pa tar em casa, ò gaiata? Faz-te à vida!
Hardcore é a tua vida que tu queres respeitando os outros! É fazeres apenas e só o que sabes e com isso trazeres justiça ao mundo! É procurares no mundo onde precisem de ti, aqui não te fazes velho! É beber 5 litros de cerveja com os meus amigos, rir-mos uns dos outros e chorar com eles quando é preciso! É amares uma mulher sem entrares numa igreja! É não te entregares a ondas, modas, natáis e são valentins só porque os outros o fazem! Ai eu não sou normal só porque não o faço?!?! Então fica aí e põe-te na fila! Eu vou andando! Who the hell do you take me for??? Nem eu o diria melhor...
Found the answer to the strife
With a promise of a beter life.
Hide behind false words, no more.
Who the hell do you take us fore?
Born to lose then criticised! Unemployed, victimised!
And we've got no jobs now! Unemployed, victimised!
We're the ones, can't you see? Unemployed, victimised!
You won't change so let us be! Unemployed, victimised!
Don't preach to me of good and bad.
Squandered all the health we had.
Laugh and drink and all shake hands.
Too drunk to care for our demands.
Send police to haunt our streets.
It's us they're watching on their beats.
Warn us not to make a stand.
A stick and bible in your hand.
In the end you'll make your choice.
Draft us all and then rejoice.
Just sit back and do your worse,
But don't think we wont get there first!

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Finalmente (não) é Natal!!

Acordei neste advento um novo dia,
Lindo para se morrer no Darfur.
Um povo envolto em agonia
Ditador, não há quem te ature.

Finalmente foi-se o Natal
E com ele toda a solidariedade,
Volta o sem-abrigo para o vendaval
De estômago vazio encara a dura realidade.

Já não há velhos trapos nos hospitais
(Empecilhos de famílias),
Já não merecem festas musicais
Para acompanhar as duras vigílias.

Desmobilizaram-se as operações
No corredor de morte, a estrada.
Ficou um vazio nos nossos corações,

A solidariedade pela lâmina da espada.
Comecem as vossas orações
Até ao próximo será dura a caminhada!

terça-feira, dezembro 11, 2007

Aproveitem

Caros (dois) leitores desta merda de blog:
De momento tenho andando inspirado mas, para vossa felicidade, não tenho publicado nada. Tenho redireccionado essa inspiração para um relatório de estágio que tenho que elaborar para concluir uma espécie de curso de Serviço Social. Mas não cantem já de galo! Tenho tido umas ideias que penso vir a publicar em breve.
Até lá aproveitem para recuperar os neurónios que queimaram a ler estes desabafos de um demente que devia estar internado.
Mouro

terça-feira, outubro 23, 2007

Sem uma lógica razão

Faz agora uns dias confrontei-me com uma insurgente necessidade de escrever. No entanto deparei-me com um grave problema (ou dois): não sabia o que escrever, ou de onde vinha essa necessidade, nem tinha inspiração para o fazer. Acima de tudo quando escrevo procuro não ofender o português, e estava a correr esse risco. Para desgosto meu, anda por aí um dialecto novo onde predominam os "x" e os "k". Onde irá parar esta juventude... Andámox tanto tempo a malhar em xpanhóix e mourox (eh lá!!!) para ixto! K kataxtrofe!
Enfim, o que me saiu foi isto:

De que escrevo?...
Procuro no meu âmago assunto alheio
Entre sentimentos, memórias e livros que leio
E não encontro assunto no qual me atrevo.

Corro as ruas do meu conhecimento,
Cemitério onde jaz a minha inspiração
Sem uma lógica razão
E sem um último momento.

Vida de poeta narcoléptica!
Em estado de absoluta consciência
Porém de perfeita impotência
Entrega-se à escrita sem estética.

É dura esta procura,
Sem solução aparente
E com o inimigo frente-a-frente
Vive o poeta nas ruas da amargura...