segunda-feira, março 31, 2008

Bate

Bate meu coração.
Bate sem saber porquê
Como o malmequer "talvez sim, talvez não",
Que será que ele vê?

Bate tão loucamente
Atrás dessa ilusão,
que chega a ser demente
esta embaraçosa situação.

Tu que o tens na mão,
Quando o vires abrandar
peço-te, diz-lhe que não,
e beija-o para não parar.

Antes só...

Já me saltam as palavras do pensamento.
A teu olhar fúteis
mas, para mim deveras úteis
Para exprimir a dor que sinto dentro.

Neste quarto vazio estou bem acompanhado.
Fúria, desespero, ódio e solidão
escrevem comigo, usando minha mão,
As linhas do meu pecado.

Subo o labiríntico e íngreme destino.
Cegado pela luz da felicidade
o grito do amor, na verdade,
É desejo de teu sabor divino.