Abro-me de forma incompreensível para ser compreendido.
Gasto palavras em vão apenas para ver que as perco na minha solidão.
O frenesim dos meus pensamentos é assim, como um restolhar de penas.
Quanto mais me question mais me encontro perdido.
Senhor de razões e um saber descabido,
do qual nada descubro, nada retiro
Nem a mais leve sensação. Só sei que penso em vão.
Estou vazio, e tu abraças minha carne inconsciente do perigo,
Um corpo absorto como se nunca o tivesse tido.
Despejado de alma, apenas morte e escuro aqui estão.
Abandonado, há muito que deslizaste por minha mão.
Procuro agora um sentido no duplo significado da palavra,
um objectivo mas uma direcção na qual sigo,
porque sentir-me a mim foi um castigo.
Esboço um sorriso não de felicidade mas, porque mais uma vez,
nunca aprendi a lição.
Torturo-me sem piedade,
castigo-te sem razão.
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