Estranho o teu silêncio
Porém não é estranho para mim.
Diz-me o que eu mais temia,
Que um de nós não resistia
E que este não amor chegou ao fim.
Dizem-me os teus olhos
Aquilo que nunca quis.
Tua riqueza em palavras
Com que me embalavas
Agora nada me diz.
Tudo está perdido.
Fica a mórbida visão
Com a qual ainda tremo.
Mas agora já não temo,
Não vives no meu coração.
Janeiro de 2007
Sentimentos mais puros e verdadeiros pelos quais todos somos guiados e que desconhecem a razão, o bem e o mal... Raiva e carinho pelos quais somos procurados e perseguidos, e muitas vezes inspirados. É essa inspiração que aqui se procura libertar.
terça-feira, janeiro 16, 2007
Doloroso despertar
Do sonho acordo.
Nele me perco.
Nele falo muito e nada acerto.
Ardo em lume brando.
Derretem-se-me os sentimentos,
Entrega-me a tormentos.
Vejo-me num pranto.
Finalmente desperto.
Acabam os sonhos,
Começam os pesadelos.
Janeiro de 2007
Nele me perco.
Nele falo muito e nada acerto.
Ardo em lume brando.
Derretem-se-me os sentimentos,
Entrega-me a tormentos.
Vejo-me num pranto.
Finalmente desperto.
Acabam os sonhos,
Começam os pesadelos.
Janeiro de 2007
quinta-feira, janeiro 11, 2007
Mar negro
Dá-se o nascimento do sol…
Perdido entre nuvens e gaivotas a planar,
Que enobrecem a sua visão.
De tanto viver obcecado no desassossego do mar,
Tornou esta paixão num amor platónico em vão.
Acabei por perguntar:
- “Tu, maior força da natureza, que amas neste mar?”
- “Adoro o rebentar das ondas que soam como um trovão,
O esforço dos pescadores expresso por um esgar,
E as mulheres que por eles ali choram e rezam ajoelhadas no chão.”
“Divino sol, vira as costas ao teu coração!
É um engano este amor de encantar.
Escuta-me, pois na minha voz está a razão,
Mesmo que fujas, as ondas continuarão a rebentar."
Janeiro de 2006
Perdido entre nuvens e gaivotas a planar,
Que enobrecem a sua visão.
De tanto viver obcecado no desassossego do mar,
Tornou esta paixão num amor platónico em vão.
Acabei por perguntar:
- “Tu, maior força da natureza, que amas neste mar?”
- “Adoro o rebentar das ondas que soam como um trovão,
O esforço dos pescadores expresso por um esgar,
E as mulheres que por eles ali choram e rezam ajoelhadas no chão.”
“Divino sol, vira as costas ao teu coração!
É um engano este amor de encantar.
Escuta-me, pois na minha voz está a razão,
Mesmo que fujas, as ondas continuarão a rebentar."
Janeiro de 2006
quarta-feira, janeiro 03, 2007
Sustos
A luz da tua pele encandeia-me de um jeito carinhoso.
O negro dos teus olhos assusta-me de tão lindo e tenebroso.
Boquiaberto percorro as linhas do teu corpo.
Desorientas-me e fico meio tonto.
Será amor? Será obsessão?
Ou apenas uma partida do meu coração?
Reconheço-te pelo andar e o teu mover.
Olhas-me nos olhos e fico cego só por te ver.
Assim, momento a momento,
Aprecio o teu movimento
Fico ébrio e não sinto nada, abandona-me a dor.
À minha volta tudo é lindo e cor.
Como no sonho em que a tua sombra é azul-turquesa
Onde uma orquídea é esculpida com a tua beleza.
Vivo contigo no meu mundo,
Onde a teu lado deixo o meu ser moribundo e me aqueço no teu calor.
Com um estalar de dedos podes estimular a dor,
Assim me assusta o meu amor…
Janeiro de 2007
O negro dos teus olhos assusta-me de tão lindo e tenebroso.
Boquiaberto percorro as linhas do teu corpo.
Desorientas-me e fico meio tonto.
Será amor? Será obsessão?
Ou apenas uma partida do meu coração?
Reconheço-te pelo andar e o teu mover.
Olhas-me nos olhos e fico cego só por te ver.
Assim, momento a momento,
Aprecio o teu movimento
Fico ébrio e não sinto nada, abandona-me a dor.
À minha volta tudo é lindo e cor.
Como no sonho em que a tua sombra é azul-turquesa
Onde uma orquídea é esculpida com a tua beleza.
Vivo contigo no meu mundo,
Onde a teu lado deixo o meu ser moribundo e me aqueço no teu calor.
Com um estalar de dedos podes estimular a dor,
Assim me assusta o meu amor…
Janeiro de 2007
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